Finalmente! E agora, vou tentar fazer todas as cosias a que me propus e não pensar mais nestes 9 longos meses que já passaram.
Foi das experiências menos gratificantes que tive. Ocupou-me muito tempo, tive que abdicar de muita coisa, a minha média de Mestrado baixou, a minha tese ainda nem está começada, andei cabisbaixa estes nove meses. Foram NOVE MESES sem parar… todos os dias a levantar às 6h30 para passar o dia todo num sítio onde havia NADA para fazer a não ser cafezinho para os autores, preencher requisições de estafetas, ir aos Correios, abrir a porcaria da porta e ler merdas que mais ninguém queria ler.
Já tinha trabalhado em vários sítios e, deixem-me que vos diga, o trabalho era a QUINTIPLICAR. Não parava um minuto por dia, e chegava a casa mais feliz, mais animada e com mais energia para fazer todas as coisas das quais senti falta estes meses.
Não era só por falta de tempo que eu deixara de fazer as coisas. Não. Foi por falta de ânimo, de energia. Passei nove meses de “estágio” completamente sozinha. Nunca tive um tutor, alguém que me ensinasse o que fosse. Acho que consegui desaprender mais do que aprender. Senti o meu cérebro a enburrecer cada vez mais, o raciocínio cada vez mais lento, o próprio falar era, na maior parte das vezes, confuso e bacoco. O que me foi salvando, foram mesmo os MEUS livros que levava para o escritório e ia lendo nos tempos (sempre) mortos.
Cada minuto foi um suplício.
Muitas vezes fui tratada como uma escrava, uma ignorante, uma miúda.
Senti todas as minhas capacidades (que sei que as tenho) serem desprezadas e maltratadas.
As intrigas.
As bocas foleiras.
Odiei ter feito um sacrifício herculeano, de estudar e “trabalhar” para receber em troca, nem conhecimentos nem dividendos.
Odiei andar sempre na correria trabalho-faculdade-biblioteca-casa.
Odiei ter começado uma medicação para um problema de saúde grave e ter feito um esforço de gigante para aguentar ir todos os dias para um sítio onde, apesar do meu um metro e oitenta e um centímetros, era completamente invisível.
Odiei tudo, e odiei o meu sonho de criança de trabalhar com livros, ter sido espezinhado por aquele sítio.
Mas acabou.
NÃO vou ter saudades.
Foi das experiências menos gratificantes que tive. Ocupou-me muito tempo, tive que abdicar de muita coisa, a minha média de Mestrado baixou, a minha tese ainda nem está começada, andei cabisbaixa estes nove meses. Foram NOVE MESES sem parar… todos os dias a levantar às 6h30 para passar o dia todo num sítio onde havia NADA para fazer a não ser cafezinho para os autores, preencher requisições de estafetas, ir aos Correios, abrir a porcaria da porta e ler merdas que mais ninguém queria ler.
Já tinha trabalhado em vários sítios e, deixem-me que vos diga, o trabalho era a QUINTIPLICAR. Não parava um minuto por dia, e chegava a casa mais feliz, mais animada e com mais energia para fazer todas as coisas das quais senti falta estes meses.
Não era só por falta de tempo que eu deixara de fazer as coisas. Não. Foi por falta de ânimo, de energia. Passei nove meses de “estágio” completamente sozinha. Nunca tive um tutor, alguém que me ensinasse o que fosse. Acho que consegui desaprender mais do que aprender. Senti o meu cérebro a enburrecer cada vez mais, o raciocínio cada vez mais lento, o próprio falar era, na maior parte das vezes, confuso e bacoco. O que me foi salvando, foram mesmo os MEUS livros que levava para o escritório e ia lendo nos tempos (sempre) mortos.
Cada minuto foi um suplício.
Muitas vezes fui tratada como uma escrava, uma ignorante, uma miúda.
Senti todas as minhas capacidades (que sei que as tenho) serem desprezadas e maltratadas.
As intrigas.
As bocas foleiras.
Odiei ter feito um sacrifício herculeano, de estudar e “trabalhar” para receber em troca, nem conhecimentos nem dividendos.
Odiei andar sempre na correria trabalho-faculdade-biblioteca-casa.
Odiei ter começado uma medicação para um problema de saúde grave e ter feito um esforço de gigante para aguentar ir todos os dias para um sítio onde, apesar do meu um metro e oitenta e um centímetros, era completamente invisível.
Odiei tudo, e odiei o meu sonho de criança de trabalhar com livros, ter sido espezinhado por aquele sítio.
Mas acabou.
NÃO vou ter saudades.
Agora, quero descanso, andar o mínimo de camioneta possível e dedicar-me aos meus estudos.
Já fechei este capítulo.
Já fechei este capítulo.
Siga o próximo!
3 comentários:
Não vais ter de olhar para trás para este desperdício que tanto te fez sofrer e vais ter agora o teu descanso merecido. Não foi justo o que te fizeram e já roguei todas as pragas possíveis e imaginárias àquela maldita editora.
Nunca me vou esquecer da tua expressão aliviada quando te vieste embora daquele inferno. Tinhas um sorriso que tenho visto pouco nestes últimos meses e que soube muito bem ver e sentir. Notava-se o alívio que sentias ao finalmente deixares aquele sítio para trás definitivamente.
Agora, é descansar e começar o próximo capítulo!
Então acabou o estágio, certo? Quer dizer que vais passar a ter mais tempo, certo? E quer dizer que vais aceitar o desafio que te lancei no meu blog, certo? :)
Olha eu digo o mesmo dos meus estágios... pouco ou nada serviram. Só me trouxeram angústia... saudades não tenho tal como tu. Enfim... agora descansa...
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